Dança reune – corpo, música, movimento, dedicação, disciplina... Quando se busca a perfeição, pode se esquecer de colocar emoção, coração, energia e... vida naquilo que se faz. E a perfeição... bem... não existe.
Colocar um rótulo – garota meiga, fica pior ainda. Acho que a melhor tradução ficaria assim: “mas que menina mais boazinha”... E ela encarna o cisne branco com perfeição. A cor branca, seus movimentos, a delicadeza de seus traços, gestos e passos... Mas o papel (na vida e naquela dança) requer as duas: o lado branco, ao lado do escondido lado negro, que todos temos. (O bem e o mal???) Pureza ou prazer?
O desejo materno insatisfeito, a interrupção de seu prazer em continuar a carreira de bailarina acabam se transmutando para a filha, que veio por meio de uma gravidez inesperada. Mas a filha é uma e a mãe, outra. A dedicação materna cria uma redoma de proteção, perniciosa para o desenvolvimento completo de uma mulher. Dentro dela sobrevivem duas – ora ela, ora a mãe. Ou ora ela, cisne branco, ora ela mesma (seu duplo) o cisne negro.
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